sexta-feira, 20 de agosto de 2010

EXCLUSIVO: Tudo sobre a nova temporada de Malhação

Malhação ID chegou ao fim, mas vem aí uma nova temporada com elenco totalmente novo, novas histórias. Confira:

Pedro (Bruno Gissoni) mora na periferia, acorda cedo e pega duas conduções para chegar no colégio; Catarina (Daniela Carvalho) reside em um bairro nobre, perto da escola. É no Primeira Opção que estes dois estudantes se encontram, e os distintos universos de suas vidas se cruzam. Os dois, embora venham de mundos aparentemente diferentes, vão descobrindo que seus conflitos, gostos musicais, sonhos e expectativas são muito mais parecidos do que imaginavam. O casal protagonista traz à tona o conceito de “cidade partida”, principal tema da décima sexta temporada de ‘Malhação’, que estreia na segunda-feira, dia 23, escrita por Emanuel Jacobina, com colaboração de Flávia Bessone, Gabriela Amaral, Márcio Wilson e Zé da Silva, com pesquisa de Renata Lacombe, e com direção de núcleo de Ricardo Waddington, direção-geral de Leonardo Nogueira e direção de Adriano Melo.

“Essa temporada traduz a essência do mash-up (gênero de música tocado pelo DJ Pedro, vivido por Bruno Gissoni): é possível ter uma junção de culturas diferentes, com visões de mundo distintas, e ter nessa mistura algo ainda mais interessante do que se teria em um ou outro canto isolado da cidade”, explica o autor Emanuel Jacobina. A nova fase do programa engloba não apenas tramas que destacam questões sobre o preconceito social, como também aborda os riscos e prazeres típicos da adolescência. “Fora divertir e entreter, que é nossa função primeira, ‘Malhação’ tem uma capacidade de informar, de levantar questões pertinentes ao universo jovem e de discutir esses temas de uma forma que eu não vejo em nenhum outro lugar”, afirma Ricardo Waddington.

Como palco para as histórias da nova temporada, uma outra filial do colégio Primeira Opção. A nova unidade é resultado de uma parceria entre o professor Livramento (José de Abreu), diretor do colégio da atual temporada, e da ex-aluna Tereza Marins (Helena Ranaldi), uma pedagoga que propõe uma extensão da instituição para se tornar referência de educação na cidade. Com a ajuda da mãe, a orientadora educacional Vera Marins (Cris Nocolotti), elas implementam uma sede enxuta e bem equipada, mantendo um clima familiar e acolhedor, com infra-estrutura de ponta e professores altamente qualificados. É neste ambientem que se desenvolvem as principais tramas da nova turma de alunos que vem por aí.

Aluno nota 10

Pedro (Bruno Gissoni) é um jovem morador da periferia que, aos 18 anos, está perdendo o fôlego por conta do peso dos estudos, dos problemas financeiros, das responsabilidades familiares e das suas próprias ambições e desejos.

Ele ingressa no colégio Primeira Opção quando conquista o primeiro lugar em uma seleção para bolsas de estudo. Mas, para conseguir ir às aulas, se manter e ajudar sua família, tem que dividir a rotina entre colégio e trabalho. DJ profissional, Pedro (Bruno Gissoni) faz sucesso com seus mash-ups e junta o dinheiro que ganha animando festas para auxiliar os pais. “Para construir o lado DJ do Pedro, fiz um workshop com um DJ profissional especializado em mash-ups – estilo de música que o meu personagem toca. Ele me falou sobre os estilos musicais, como é a rotina de um DJ e conversou sobre como cada profissional tem seu próprio jeito e que, por isso, eu deveria encontrar o meu”, conta o ator Bruno Gissoni.

A vida dupla de Catarina

Aparentemente, Catarina (Daniela Carvalho) é uma menina de classe média como outra qualquer. Mas, da porta de sua residência para dentro, ela é uma verdadeira dona de casa, sobrecarregada por obrigações domésticas e familiares. “A Catarina desempenha muitas tarefas ao mesmo tempo e quer sempre dar palpites nas coisas. Gosta de estar por dentro de tudo e estar sempre no comando”, diz a atriz Daniela Carvalho.

Também estudante do colégio Primeira Opção, é neste ambiente que ela e Pedro (Bruno Gissoni) se encontram. Ao longo da trama, os dois irão se apaixonar, embora nenhum deles admita isso tão cedo.

Fim do verão

A história começa no fim do verão, antes do início do ano letivo, na nova sede do colégio Primeira Opção. A escola tem menos turmas e o objetivo de aprovar seus alunos em boas universidades, de acordo com o projeto de Tereza Marins (Helena Ranaldi) e de sua mãe, Vera Marins (Cris Nocolotti).

No início da trama, Pedro (Bruno Gissoni) descobre que conseguiu uma bolsa integral para cursar o 3º ano no colégio. Já seu irmão, Theo (Ronny Kriwat), não passa no concurso. Como Pedro (Bruno Gissoni) obteve a maior nota entre os novos alunos, ele convence a diretora a aprovar o irmão caçula com uma bolsa de 50%.

Em sua primeira visita à escola, para checar os resultados das provas de admissão, Theo (Ronny Kriwat) aproveita para distribuir flyers informando sobre a festa que será comandada pelo irmão naquele mesmo dia, em Nova Guadalupe – bairro onde moram. É neste momento que Catarina (Daniela Carvalho), apressada e agitada como um furacão, cruza com ele e pega um dos panfletos.

Uma turma que adora festas

Durante as férias, Catarina (Daniela Carvalho) tem uma ideia: promover festas pagas no salão do Nacional, clube que ela e sua turma frequentam. A iniciativa poderia lhe garantir uma grana extra e, melhor, a renda viria acompanhada de muita diversão.

Para por em prática o projeto, Catarina (Daniela Carvalho) convoca suas melhores amigas: Lorelai (Luíza Casé) e Babi (Maria Pinna). Elas adoram a proposta e as três começam a se movimentar para produzir a primeira festa da temporada. Às vésperas da data do evento, no entanto, o DJ contratado avisa que não poderá comparecer. As moças pensam em desmarcar tudo, mas Catarina (Daniela Carvalho) lembra do flyer que recebeu no colégio, anunciando uma festa com um tal de DJ Pedro (Bruno Gissoni).

Lorelai (Luíza Casé) conta que já esteve em uma festa promovida pelo DJ e Catarina (Daniela Carvalho) decide reunir o pessoal para ir ao evento e conferir se a música de Pedro (Bruno Gissoni) é realmente boa. Os meninos da turma se dispõem a acompanhá-las, e isto inclui Eric (Duam Socci) – namorado de Catarina (Daniela Carvalho). Em condições normais, ele nunca iria a uma festa na periferia, mas, como os dois estão brigados e ele quer aproveitar a oportunidade para reatar com a menina, segue para o subúrbio.

Do outro lado da cidade

A festa acontece em um parque de diversões e é na fila da roda gigante que Pedro (Bruno Gissoni) se encanta por Catarina (Daniela Carvalho). Ele a paquera, mas não é correspondido. Pelo menos naquele momento.

Depois de algumas investidas e muitos “nãos” de Catarina (Daniela Carvalho), Pedro (Bruno Gissoni) resolve começar a festa. O som está montado e, quando o DJ assume a pista com seu repertório, todos dançam com entusiasmo.

Enquanto Pedro (Bruno Gissoni) diverte os presentes com seus mash-ups inusitados, Eric (Duam Socci) coloca em prática sua tática para reconquistar a namorada: fazer ciúmes em Catarina (Daniela Carvalho) paquerando outras. Sua estratégia, porém, vai por água abaixo quando a menina, por vingança, troca olhares com o DJ. Pedro (Bruno Gissoni), esperto, aproveita a situação para dar um beijo de tirar o fôlego em Catarina (Daniela Carvalho). O único que vê a situação é Lúcio (Gabriel Chadan), amigo de Eric (Duam Socci), e secretamente apaixonado pela estudante.

Assustada com o beijo e com medo dos desdobramentos para seu relacionamento com Eric (Duam Socci), Catarina (Daniela Carvalho) avisa a Babi (Maria Pinna) que não quer Pedro (Bruno Gissoni) tocando na festa do Clube Nacional. Mas a amiga informa que é tarde demais: o trato com o DJ já está feito.

A festa no clube e o incidente misterioso

Pedro (Bruno Gissoni) e Catarina (Daniela Carvalho) começam a festa trocando farpas, mas mesmo assim o resultado é um sucesso. O DJ encanta o bairro nobre e sua música anima o evento, que fica conhecido como “Máquina de Festas”.

No fim da noite, porém, ocorre um incidente. Fred (Bernardo Mesquita), irmão de Catarina (Daniela Carvalho), é encontrado no chão, desacordado. Perto dele está Theo (Ronny Kriwat), em estado de choque. A turma de Eric (Duam Socci) acusa o irmão de Pedro (Bruno Gissoni) pela agressão, mas ele jura inocência. Fred (Bernardo Mesquita), a irmã e alguns amigos seguem para o posto médico, enquanto Theo (Ronny Kriwat) e Pedro (Bruno Gissoni) vão para a delegacia.

Fred (Bernardo Mesquita), depois da lesão, acorda bem disposto, porém sem se lembrar do incidente e, por isso, sem poder colaborar com o inquérito policial. Theo (Ronny Kriwat) é liberado da delegacia, mas o impiedoso inspetor de polícia Moraes (Kiko Vianelo) fica responsável por investigar o caso.

A partir daí, a relação de Pedro (Bruno Gissoni) e Catarina (Daniela Carvalho) tem um novo viés. E o agressor de Fred (Bernardo Mesquita) continua sendo um mistério. Além de Theo (Ronny Kriwat), outros dois meninos são considerados suspeitos. O primeiro é Artur (Pedro Von Held), um rapaz tímido que é apaixonado por Júlia (Dandara de Morais), namorada do irmão de Catarina (Daniela Carvalho). E o segundo é Lúcio (Gabriel Chadan), que havia discutido com Fred (Bernardo Mesquita) durante a festa.

Bullying escolar

A chegada de Pedro (Bruno Gissoni) e Theo (Ronny Kriwat) ao colégio Primeira Opção já começa tumultuada. A acusação de agressão não apenas envenena a relação dos protagonistas, como também faz com que o DJ se preocupe ainda mais com o comportamento indisciplinado do irmão, que passa a se considerar vítima de bullying escolar.

Pedro (Bruno Gissoni) faz de tudo para defender o irmão mais novo, por quem tem um imenso carinho e um senso de responsabilidade quase paternal. Também estão do lado de Theo (Ronny Kriwat) seus pais Dona Lurdes (Sandra Coverloni) e seu Geraldo (Ranieri Gonzelez), além da melhor amiga de Pedro (Bruno Gissoni), Ângela (Ana Terra).

Angel, o anjo da guarda de Pedro

Ângela (Ana Terra) é apaixonada por música, por mash-ups e por Pedro. Ele não percebe esta paixão e ela não tem coragem de revelá-la. Em vez disso, fica sempre ao lado do amigo, e o acompanha com frequência atrás da pickup. É uma menina tímida, insegura e alérgica. Durante suas crises de rinite ou quando está tensa, tem por hábito passar na casa de Pedro (Bruno Gissoni) e ficar horas por lá, até que a tensão, a rinite, ou ambas, passem. Moradora da periferia, ela também faz a prova para o Primeira Opção e consegue uma bolsa de estudos no colégio.

Gravidez precoce

O incidente com Fred (Bernardo Mesquita) vai fazê-lo esquecer um outro acontecimento importante. Pouco antes da agressão, sua namorada Júlia (Dandara de Morais) contara que está grávida.

Na dúvida se Fred (Bernardo Mesquita) realmente perdeu a memória ou se está fingindo não saber da gravidez, Júlia (Dandara de Morais) opta por enfrentar a situação sozinha, com o apoio de seu amigo Artur (Pedro Van-Held), que promete ficar a seu lado. Seu maior medo é dar a notícia ao pai, o professor do Primeira Opção Antônio (MV Bill). Viúvo, ele é excessivamente severo com a menina, que teme sua reação.

Já Fred (Bernardo Mesquita) vive com a angústia de ter se esquecido de algo muito mais importante do que a agressão.

A Máquina de Festas

Embora a primeira festa tenha trazido tantas consequências, Catarina (Daniela Carvalho) não desiste de sua ideia e planeja novos eventos semanais. Depois de muitas negociações, ela consegue que o diretor do clube Nacional, André Farnel (Mário José Paz), lhe ceda um galpão abandonado, que fica conhecido como “Caldeira”.

O problema é que o local também já havia sido solicitado por Pedro (Bruno Gissoni). Para lhe garantir mais tempo de sono e de estudo, ele pensa em se tornar DJ residente de um lugar mais próximo ao colégio, em vez de animar pistas por diferentes cantos da cidade. Esta disputa pelo espaço força a convivência entre os dois.

O jogador de futebol

Mais um aluno oriundo da rede pública chega ao Primeira Opção. Trata-se do goleiro Maicon (Marcello Melo Junior). O clube Nacional, onde ele é jogador, tem uma política de matricular os esportistas em colégio de qualidade, e faz um acordo com Maicon para que ele conclua os estudos no Primeira Opção. O problema é que o menino dedicou sua vida muito mais ao futebol do que à escola e terá enormes dificuldades na nova instituição.

Além deste obstáculo, pouco antes do início das aulas, Maicon (Marcello Melo Junior) passa por outra provação. Ele cruza com Babi (Maria Pinna), que está com o carro enguiçado, e, para impressionar a bela menina, decide consertar o veículo. Enquanto tenta mostrar seus dotes mecânicos, Babi (Maria Pinna), sem querer, fecha a tampa do capô na mão de Maicon (Marcello Melo Junior), que grita de dor.

O goleiro segue para o posto de saúde e Dr. Roberto Segadas (Alexandre Barros) informa a fratura em 14 ossos. Por conta disto, ele vê suas ambições profissionais ganharem novos caminhos.

O bar Botecão

No primeiro andar do sobrado de Seu Pintinho (Ailton Graça) funciona o bar Botecão, point da galera do colégio Primeira Opção. É neste local que trabalham Lorelai (Luíza Casé) e Jéssica (Júlia Oristanio).

Lorelai (Luíza Casé) trabalha como gerente e também mora no lugar, pois no segundo andar do estabelecimento fica uma república. Cansado do fato de Lorelai (Luíza Casé) não pagar um centavo pela moradia e ainda por cima promover encontros com seus amigos no local, Seu Pintinho (Ailton Graça) anuncia o espaço para alugar.

A primeira candidata é Jéssica (Júlia Oristanio), a outra funcionária do bar que mora muito distante do trabalho. “Maria chuteira” convicta, além de ficar mais perto do local de trabalho, ela também estaria mais próxima dos jogadores que circulam no clube Nacional. Outros interessados na residência são Eduardo Gogói (Lucas Salles), também conhecido como Dodói, e Maicon (Marcello Melo Junior), que perdeu seu espaço no clube onde morava, em função do acidente com sua mão.

Lorelai (Luíza Casé), Jéssica (Júlia Oristanio), Dodói (Lucas Salles) e Maicon (Marcello Melo Junior) se tornam o quarteto fantástico do Botecão, vivendo, com humor, paixões proibidas, dificuldades de convivência e todas as dores e delícias de dividir uma casa sem adultos.

O figurino de Malhação

A principal preocupação do figurino desta nova temporada de ‘Malhação’ é fugir do caricatural. A figurinista Marina Alcântara e sua equipe fizeram pesquisa na moda de rua e utilizaram o site WGSN para acompanhar as tendências. “Com esta ferramenta, podemos ver o que está sendo usado em todos os cantos do mundo. Estou encantada. Além disso, observo muito no meu dia a dia os jovens que me rodeiam, pois é com eles que queremos falar”, conta Marina.

Um estilo diferente foi elaborado para cada personagem. Catarina (Daniela Carvalho), por exemplo, usa muitas roupas com estampas em xadrez. Já a marca de Pedro (Bruno Gissoni) é sua jaqueta jeans. De todos, a personagem Babi (Maria Pinna) é a mais conectada com o mundo da moda e traz em sua composição novidades e tendências, misturando estilo militar, rock´n roll e romântico. “No guarda-roupa dela não podem faltar peças de couro, jeans de cintura alta e jaquetas militares”, afirma a figurinista.

Outro detalhe interessante é que cada personagem usa um modelo específico de tênis. “O jovem em geral usa muito tênis e marcamos um estilo diferente para cada um”, explica Marina. “O figurino é o mais simples possível, não temos a intenção de deixar os personagens fora da realidade. Trabalhamos com roupas do cotidiano, das ruas”, finaliza.

A cenografia da nova temporada

Pela primeira vez o colégio, principal cenário de ‘Malhação’, aparecerá inserido em uma cidade. Como referência, Flávia Yared e a equipe de cenografia pesquisaram a arquitetura de escolas de corrente construtivista que são referência de ensino no Rio de Janeiro e no exterior. “A arquitetura nacional e internacional deste tipo de colégio é bem leve, com planos de vidro, breezes de ferro e madeira. Nos inspiramos nisso para desenhar o Primeira Opção”, conta Flávia. Os tons predominantes são os de concreto, madeira e alvenaria.

Dentro do colégio, há nove diferentes ambientes: a midiateca, a cantina, a sala dos professores, a sala da diretora, os banheiros, a administração e as salas de aula. O Primeira Opção está inserido na cidade cenográfica, que tem prédios residenciais, uma praça, o bar Botecão, uma loja de conveniência e uma república. “Para a elaboração da cidade, utilizamos a Gávea, no Rio de Janeiro, como referência. É um bairro arborizado e agradável”, diz a cenógrafa. Ao todo, a cidade tem dois mil metros quadrados de área.

A Caldeira também se localiza na cidade cenográfica, um pouco mais afastada das demais construções. Há ainda o interior dos prédios e do Hospital Municipal do Paço, que serão feitos em estúdio. É no hospital que fica claro o principal conceito da temporada, de “cidade partida”, uma vez que as casas de Catarina (Daniela Carvalho) e de Pedro (Bruno Gissoni) têm aspectos cenográficos que marcam as diferenças entre periferia e bairro nobre. “Embora Catarina não seja de classe muito alta, seu apartamento é novo, como se tivesse sido construído na década de 90. Ela tem na sala uma TV de plasma e muitos livros. Já Pedro mora em uma casa mais simples, que teria sido construída na década de 50. Tudo o que sua família possui, ela mantém com capricho, mas é evidente que não tem a mesma condição financeira de Catarina. É uma linguagem subliminar, que passa pelos móveis e pela decoração utilizada nesses cenários”, explica Flávia.

As cores predominantes do quarto de Catarina (Daniela Carvalho) são o vinho, o bege, o marrom e o branco. Já o quarto de seu irmão Fred (Bernardo Mesquita), que passará por problemas de perda de memória, é mais soturno, desenhado nas cores azul escuro e cinza. O quarto de Pedro (Bruno Gissoni) é trabalhado nas cores verde, marrom, amarelo e bege.

Além das casas dos protagonistas, existe o cenário da república. Nele, há “um móvel de cada pai”, como denomina a cenógrafa. A mobília não combina entre si, como se cada morador tivesse trazido um objeto de um lugar diferente. Há também o cenário da delegacia e do Hospital Municipal do Paço. “São três núcleos residenciais, cada um com quatro sets. A delegacia tem quatro sets e o hospital tem salas que podem ser moduladas, mudando-se o dressing, com cores em tom pastel que diferenciam as alas”, finaliza Flávia.

Entrevista com o autor Emanuel Jacobina

Emanuel Jacobina começou seu trabalho na Rede Globo justamente na turma da oficina de roteiro que foi responsável pela criação de ‘Malhação’, em 1993. Agora, ele retorna ao programa, assumindo a autoria desta décima sexta temporada. Jacobina já foi roteirista de programas como ‘Casseta & Planeta, Urgente!’, ‘Os Trapalhões’ e ‘Sai de Baixo’. Em 2002, escreveu sua primeira novela, ‘Coração de Estudante’, quando firmou a parceria com o diretor de núcleo Ricardo Waddington. Ele foi também co-autor de ‘Kubanacan’ e colaborador da novela ‘Beleza Pura’.

Você participou da oficina que criou ‘Malhação’. Você imaginava que o programa fosse ficar durante 15 anos no ar?

Emanuel Jacobina: Não, não tinha a convicção de que o programa fosse ficar 15 anos no ar. Essa oficina foi realizada entre 1993 e 1994 e o projeto era meu e da Andréa Maltarolli, uma grande amiga minha. O objetivo era abrir uma janela para o universo jovem dentro da teledramaturgia, na TV aberta, com exibição diária. O projeto inicial foi sendo modificado e recebendo muitas contribuições de outros autores, como Ricardo Linhares, Ana Maria Morethzon, Patrícia Morethzon, além de uma participação notável de Roberto Talma, diretor que ajudou a conceituar esse projeto.

Como está sendo voltar a escrever o texto de ‘Malhação’?

Emanuel Jacobina: Minha última participação em ‘Malhação’ foi em 2001, como supervisor de texto da Andréa. Já se passaram nove anos. De lá para cá, um fato curioso é que meus filhos se tornaram adolescentes. Antes, escrevia esse programa voltado aos jovens sem ter uma referência em casa, e agora tenho. A volta à ‘Malhação’ me deixa satisfeito pela parceria com Ricardo Waddington, um diretor bastante cuidadoso, inteligente, sensível para lidar com jovens. O que também me deixa satisfeito é poder voltar a falar sobre educação, um assunto que me interessa, é sempre pertinente e justifica a permanência de um colégio no programa até hoje.

Você acha que o jovem de hoje mudou muito nesse período?

Emanuel Jacobina: Mudou muito, sim. O jovem hoje é mais ligado ao mundo, à cidade, ao país. E não me refiro necessariamente à política, mas sim à capacidade dele, a partir de vários instrumentos, como a internet e o celular, de trocar informações e se conectar com novos fatos da cultura. Um exemplo é a questão da Aids. Há dez anos, ainda estávamos numa espécie de “ressaca” da Aids. O governo brasileiro se tornou uma referência no combate à doença, que foi um tema importante na minha primeira temporada como autor titular de ‘Malhação’, em 1999. Nessa época, a Aids ainda era uma epidemia que gerava preconceito e atitudes mais moralistas do que hoje. Agora, os jovens estão mais bem informados e, portanto, menos preconceituosos e mais tolerantes.

Como essa mudança do jovem será refletida na nova temporada? Qual será o principal tema abordado?

Emanuel Jacobina: O principal tema da nova temporada é a “cidade partida”. Isso significa que pessoas de origens e classes sociais diferentes têm que se encontrar em torno de um interesse comum, que é a educação, e conviver, apesar das desconfianças e preconceitos que nutrem uns pelos outros. Essa cidade partida vai ser mostrada através da vida de dois personagens: um rapaz da periferia e uma menina da parte mais rica da cidade. Ele traz a necessidade de ajudar os pais, inclusive financeiramente, contribuindo para pagar a mensalidade do colégio do irmão. Por isso, ele já trabalha. É um DJ, já conhecido no meio por fazer as pessoas ficarem animadas nas festas com os mash-ups e os mix e remix que ele oferece. A ideia do mash-up mostra exatamente a possibilidade de misturar um Odair José e uma Lady Gaga, fazendo o povo dançar com isso.

Os dois protagonistas, Catarina e Pedro, se apaixonam à primeira vista ou ela ainda fica muito presa ao Eric nos primeiros capítulos?

Emanuel Jacobina: Os dois não se apaixonam exatamente à primeira vista. De imediato, eles têm um relacionamento de tensão emocional. Isso acontece porque Catarina se insinua para o DJ Pedro com o objetivo de provocar ciúmes em Eric, que vinha agindo de maneira desrespeitosa no namoro deles, sempre paquerando outras meninas. Mas essa tensão inicial é logo obliterada, dando lugar a um conflito mais sério. O irmão de Pedro é acusado de agredir o de Catarina. Isso gera uma interdição permanente na relação dos dois, porque, enquanto o irmão dele está sendo processado na justiça, o dela está com um problema médico, supostamente vindo da agressão. Existe um mistério, sobre se o irmão de Pedro realmente agrediu o outro, e, se sim, em que circunstâncias.

O Lúcio será o grande antagonista?

Emanuel Jacobina: Sim, ele foi quem citou o conflito entre os irmãos de Pedro e Catarina. Como ele não quer se ver de alguma maneira responsabilizado por essa situação de rivalidade, Lúcio não quer que ninguém se lembre do que de fato aconteceu. Ele é invejoso e apaixonado por Catarina, mas ela o despreza. Então, ele mantém seus sentimentos de certa forma guardados. No entanto, não desiste de tentar conquistá-la. O comportamento de Lúcio se assemelha um pouco ao do pai de Catarina. Separado da mãe da jovem, ele não paga a pensão dos três filhos, justificando que quem pediu a separação foi a esposa. As atitudes que demonstram orgulho ferido são uma constante nesses dois antagonistas, o jovem e o adulto. Mas o pai de Catarina não chega a ser mau-caráter e arquitetar intrigas, como faz Lúcio.

Que tipo de preconceito Pedro e seu irmão Theo vão sofrer no colégio?

Emanuel Jacobina: O Pedro é da mesma sala que a Catarina, ambos do terceiro ano. Isso será motivo de mal-estar permanente para a menina, por conta da questão da agressão do irmão dela. Pedro tenta se justificar e convencê-la de que seu irmão não tem culpa do que aconteceu, mas ela não lhe dá ouvidos. O Theo vai sofrer também bullying na escola.

Que tipo de música os DJs Pedro e Ângela vão tocar? Qual a relação das mixagens com a temática?

Emanuel Jacobina: A Ângela, no começo, está ao lado de Pedro apenas como amiga. Aos poucos, ela vai aprendendo a profissão. Com o tempo, os laços afetivos entre os dois se estreitam e eles iniciam um namoro. Quando eles terminam o relacionamento, Ângela decide então levar a carreira de DJ a sério e, ressentida, se esforça por melhorar o desempenho. Até que chega um momento em que os dois, antes amigos, acabam rivais, o que fica claro nas disputas profissionais entre os dois DJs. Essa é a forma que ela encontra para chamar a atenção de outros meninos, já que Pedro a rejeita. E Ângela será muito bem-sucedida na carreira.

Malhação’ é conhecida por trazer à discussão temas polêmicos. O que podemos esperar da nova temporada?

Emanuel Jacobina: Menoridade penal, violência entre jovens nas grandes cidades e preconceito racial. Além disso, daremos destaque para a questão da inserção do jovem no mercado de trabalho – até que ponto é possível conciliar estudo e trabalho ainda no Ensino Médio? Quando vale cessar o processo de formação em benefício da experiência profissional? Há ainda uma abordagem sobre o trabalho do servidor público, que estará ambientado no hospital onde trabalha a mãe de Catarina. Ela se sente satisfeita por trabalhar em uma instituição de saúde pública, mas em vários momentos pensa em trabalhar na iniciativa privada, onde a remuneração do profissional de saúde é melhor.

E o personagem goleiro, Maicon?

Emanuel Jacobina: Assim como outros personagens, ele se insere no tema que discute a interrupção dos estudos em favorecimento da vida profissional. Mas o goleiro é um personagem de comédia, porque traz a ignorância para o ambiente de alta erudição do melhor colégio da cidade de Ensino Médio. É um ambiente sofisticado, um colégio moderno, de ponta. O Maicon traz o subúrbio com todo o seu descaramento para dentro desse ambiente. Esse é o personagem que mais gosto de escrever, por ser muito divertido. Nas tramas dele, vamos falar de Lei Pelé.

Você se considera um autor bem inserido no universo jovem? Quais são suas inspirações?

Emanuel Jacobina: Por um lado, preciso fazer um esforço para sair do meu lugar de pai, de um homem de 48 anos de idade, e enxergar o mundo através dos olhos de pessoas bem mais jovens do que eu. Pego as músicas do Ipod do meu filho para ouvir, vou a festas jovens na cidade.

Entrevista com o diretor Ricardo Waddington

Na televisão, Ricardo Waddington já soma mais de vinte novelas. Seu primeiro trabalho como diretor foi em 1986, ano em que dirigiu ‘Selva de Pedra’. Entre suas produções estão ‘Cama de Gato’ (2009), ‘Pé na Jaca’ (2006/2007), ‘Sinhá Moça’ (2006), ‘Bang Bang’ (2005), ‘Cabocla’ (2004), ‘Mulheres Apaixonadas’ (2003) e ‘Por Amor’ (1998). Também levam sua assinatura as minisséries ‘Presença de Anita’ (2001) e ‘Mad Maria’ (2005), além de ‘Por Toda a Minha Vida’. No ano passado, o diretor também esteve à frente do programa ‘Amor & Sexo’. Agora, além de dirigir a série 'A Cura', reassume a direção de núcleo de ‘Malhação’, papel que já executou por oito anos.

De 1999 a 2007, você esteve à frente da direção de ‘Malhação’ e foi um dos principais responsáveis pelo programa sempre ganhar um novo fôlego e permanecer no ar há 15 anos. Qual o maior desafio ao reassumir a direção de núcleo do programa?

Ricardo Waddington: Eu acredito que ‘Malhação’ é um programa necessário na nossa grade. Nenhum outro programa da televisão brasileira se aprofunda com tanta responsabilidade e com tanto cuidado em temas que são diretamente ligados à adolescência. ‘Malhação’ pretende ter uma linguagem acessível e tem a obrigação de falar sobre o jovem – e não somente para o jovem, pois é fundamental que o público adulto também goste de assistir. Nossa pretensão, que já conseguimos muitas vezes alcançar, é abrir essa janela de discussão, facilitar a abordagem de determinados temas que são difíceis de serem levantados entre o público adolescente e o público adulto. Em ‘Malhação’, falamos para todas as classes de uma maneira clara, transparente e objetiva sobre temas que nem sempre são fáceis de serem discutidos. Nós conseguimos criar um vocabulário possível para que esse público possa falar de determinados assuntos. Como falar de uma gravidez prematura com seus pais? Como levantar a questão das drogas? Como trazer à tona a questão da liberdade, das responsabilidades e dos riscos que são comuns aos adolescentes? A adolescência é uma fase em que você testa limites, em que o jovem quer se reafirmar como pessoa. E ‘Malhação’ cumpre esta função. O que me motiva a voltar para a direção de núcleo do programa é saber da importância que ele tem na formação da identidade de um adolescente brasileiro. Costumo sempre dizer que ‘Malhação’ tem que informar sempre, desinformar jamais e educar sempre que possível – o programa não tem essa obrigação, mas tem uma vocação natural de ocupar esse espaço.

Você é um diretor conhecido por consagrar ‘Malhação’ como um celeiro de talentos, descobrindo atores que hoje protagonizam os principais programas da emissora. O time de atores jovens da próxima temporada de ‘Malhação’ é totalmente novo. O que você procurou quando realizou os testes? Qual o seu método para escolher os novatos?

Ricardo Waddington: Quis mudar todo o elenco para marcar uma ruptura. Não mudei apenas o elenco, mas toda a equipe. Trabalhar com elenco jovem é muito gostoso. Não considero nenhum ator jovem um ator formado; considero que estão “em exercício”, em progresso, fazendo uma experiência dentro de uma profissão. Pode ser que eles sigam esta profissão, como pode ser que não. Quando escalo um ator jovem para um personagem em ‘Malhação’, tento aproximar a personalidade e o temperamento desse jovem às do personagem que ele vai fazer. Eu sempre digo para o elenco novato: “Não façam o personagem, sejam o personagem”. Interpretar é um ponto futuro, para quando tiverem mais ferramentas.

Como é feita a escolha do núcleo adulto, mais experiente?

Ricardo Waddington: Primeiro, escolho os jovens. Depois, sempre tento chamar um elenco adulto que eu admire pessoalmente. Isso porque o elenco adulto, quando entra para fazer ‘Malhação’, não é apenas um elenco que vai defender alguns personagens ou que vai contar uma história, ele vai também ser espelho para toda esta galera que está chegando. Então, é importante ter, ao lado destes jovens atores, pessoas que eu admiro como seres humanos e como profissionais. Neste ano, nós estamos com um elenco fortíssimo. Temos pessoas que eu adoro e com grande talento. É bom para o programa, pois dá credibilidade à ‘Malhação’.

É a primeira vez que o cantor MV Bill assume um papel fixo em televisão aberta. O que motivou essa escolha?

Ricardo Waddington: Acho o MV Bill muito representativo pelo trabalho social que ele faz. E isso é importante para ‘Malhação’. Traz uma credibilidade enorme para o programa, pois reafirma a nossa intenção de abordar temas importantes e de realizar possíveis ações sociais. Ele é uma figura incrível, tenho grande orgulho de tê-lo no elenco desta temporada. Tenho respeito por ele e nós da Rede Globo estamos muito felizes por ele estar fazendo este programa.

Como foi feita a escolha da trilha sonora?

Ricardo Waddington: A trilha sonora não terá apenas rock. Acho que se rotulou o rock como música para jovem, mas eu não concordo. O jovem brasileiro ouve rock, hip hop, música eletrônica, entre outros ritmos. Além disso, pretendo destacar na trilha a diversidade brasileira. Existem músicas fortes em todos os cantos do Brasil, fora do eixo Rio-São Paulo. Música regional faz parte da identidade do país. Quero dar espaço na trilha para isso.

É a primeira vez que ‘Malhação’ terá gravações externas com mais frequência. Qual a contribuição dessa ambientação diferenciada para a história?

Ricardo Waddington: A minha ideia e a do Emanuel Jacobina é que fique muito claro que o colégio Primeira Opção está dentro de uma cidade grande brasileira, com todas as suas questões urbanas. Esse adolescente ali representado é um adolescente que usufrui e sofre de todas as facilidades e dificuldades que uma cidade grande oferece. Toda vez que for possível colocar cenas dentro do centro urbano o faremos. Em novela, isso é uma coisa corriqueira, mas não era em ‘Malhação’, pelo próprio desenho de produção.

Perfil dos personagens

Catarina (Daniela Carvalho) – Tem uma vida dupla. Durante uma parte do dia, essa moça linda, solidária, sedutora, mandona e controladora faz o mesmo que a maioria das meninas de sua idade: estuda, faz aula de ginástica, vai a festas e namora. Na outra parte do dia, Catarina (Daniela Carvalho) é uma dona de casa: orienta a empregada, faz compras, confere os horários de estudo e lazer dos irmãos mais novos, Fred (Bernardo Mesquita) e Duda (Nathalie Jourdan). Eles e a empregada puseram em Catarina (Daniela Carvalho) o apelido de “imperatriz”. Mas, apesar da crítica que o apelido traduz, todos compreendem perfeitamente que ela foi colocada no papel de mãe substituta por Cláudia (Gisela Reimann), a mãe titular – uma médica que trabalha de sol a sol para sustentar os três filhos.

Pedro (Bruno Gissoni) – É um DJ vindo da periferia para o colégio graças a uma bolsa de estudos. Inteligente e educado, possui sólida formação moral, que não faz questão de ficar exibindo por aí. Faz sucesso entre as meninas e, como qualquer cara da sua idade, adora namorar. Sua capacidade de sedução está ligada não apenas à sua posição de destaque na “noite”, mas também a um jeito mais maduro do que o dos outros rapazes de sua idade. Sua entrada, e de seu irmão Theo (Ronny Kriwat), no colégio vem carregada de um estigma – o do suburbano pobre -, que ele rapidamente vai reverter a seu favor. Tem orgulho das suas origens simples e também do que consegue por sua própria conta e esforço.

A família de Catarina

Cláudia (Gisela Reimann) – Mãe de Catarina (Daniela Carvalho), Fred (Bruno Mesquita) e Duda (Nathalie Jourdan). É clínica-geral e luta para manter o padrão de vida da família, dividindo-se entre três empregos: uma clínica particular, o clube que seus filhos frequentam, e um posto de saúde público - emprego que lhe dá mais satisfação como médica. É divorciada de Fausto (Joelson Medeiros), um cirurgião-plástico esperto, que usa todas as artimanhas para manter a pensão da ex-mulher o mais enxuta possível. Desde o divórcio, Cláudia teve alguns encontros ocasionais e sem importância. E, quando Catarina (Daniela Carvalho) pergunta se a mãe não sente falta de amor e romance em sua vida, Cláudia ri: não tem tempo para isso.

Fred (Bernardo Mesquita) – Irmão de Catarina (Daniela Carvalho). Esportivo, largado, preguiçoso, bagunceiro e falastrão. Compete o tempo todo com a irmã mais nova, Duda (Nathalie Jourdan), pela atenção da mãe. Para Fred, é um inferno ser o único homem da casa. Mimado, não chega a ser antipático porque tem uma boa natureza e frequentemente é bastante carinhoso. Gosta de exibir força e de se fazer de valentão, mas, de fato, não é violento.

Duda (Nathalie Jourdan) – É a irmã caçula de Catarina (Daniela Carvalho). Duda cresceu sem a presença do pai, com a mãe mais distante do que ela gostaria, aturando as implicâncias de Fred (Bernardo Mesquita) e à sombra de Catarina (Daniela Carvalho). Embora tenha a irmã como amiga, ídolo e referência intelectual e emocional, atribui ao jeito feminino, catalisador e expansivo da jovem a culpa por ela, Duda, ter ido parar em um canto mais reservado, tímido, não feminino. É uma “menina-moleque”. Joga futebol bem e aprendeu até a lutar.

Fausto (Joelson Medeiros) – É o pai de Catarina (Daniela Carvalho), Fred (Bernardo Mesquita) e Duda (Nathalie Jourdan), e ex-marido da médica Cláudia (Gisela Reimann). De origem humilde, tornou-se um profissional bem sucedido como cirurgião plástico, que muito se orgulha da sólida carreira que construiu. Como veio de baixo, olha para os símbolos de status com a força de quem não os teve e sempre os almejou. É um pai ausente, que tenta compensar essa distância emocional com presentes e liberalidades.

A família de Pedro

Theo (Ronny Kriwat) – É o irmão um ano mais novo de Pedro (Bruno Gissoni). Entra no colégio Primeira Opção porque seu irmão consegue angariar uma bolsa de 50% para ele. Ama e admira Pedro (Bruno Gissoni), com quem forma um par constante e um tanto atrapalhado, já que não poderia haver dois irmãos com temperamentos mais distintos. Enquanto o mais velho é maduro e responsável, o caçula não gosta de pegar no pesado, e acha a escola uma chatice sem sentido. Infantil, não mede as consequências de seus atos e está seguro de que pode resolver qualquer problema na base do voluntarismo e da esperteza.

Dona Lurdes (Sandra Corveloni) – É a mãe de Pedro (Bruno Gissoni) e Theo (Ronny Kriwat). É correta, dedicada, fala pouco, mas fala o certo. Está sempre preocupada com os filhos e não mede esforços para mantê-los no “bom caminho”.

Geraldo (Ranieri Gonzalez) – É o pai de Pedro (Bruno Gissoni). É um pai afetuoso e acolhedor. Seu Gegê, como é conhecido, é um homem vivido, trabalhador e encara a dura rotina de pedreiro da construção civil com sorriso largo e bom humor. Mas quer que os filhos tenham um destino diferente do dele e sempre repete a máxima: “filho de pobre não vai a lugar nenhum sem três coisas: estudo, esforço e honestidade”.

Galera do colégio

Eric (Duam Socci) – É o grande galã do colégio, o mais esperado em todas as festas. Evidentemente é convencido, adora o próprio reflexo. A chegada de Pedro (Bruno Gissoni), com quem passa a ter que dividir as atenções, não o agrada nem um pouco. É rico e esperto o suficiente para saber se impor. Eric é do tipo que faz besteiras e depois se arrepende, mas não sabe como voltar atrás. Começa a temporada namorando Catarina (Daniela Carvalho).

Lúcio (Gabriel Chadan) – É o vilão da história. Aparentemente, é um gozador, do tipo sarcástico, que perde o amigo, mas não perde a piada. Para a galera, Lúcio é um cara agradável, positivo, engraçado. Mas, na verdade, sua principal característica é ser um manipulador. Sabe fazer intrigas como ninguém. Tem muita inteligência e muita capacidade de observação. Para Lúcio, não é difícil identificar o ponto fraco das pessoas. É apaixonado por Catarina (Daniela Carvalho), mas guarda este segredo a sete chaves.

Ângela (Ana Terra) – É doce, frágil e reservada. Ângela gosta de ser o anjo da guarda de Pedro (Bruno Gissoni) e, mais do que isso, gosta de ser reconhecida como tal. É o tipo de pessoa que ajuda com afinco, mas não desinteressadamente. Angel é o apelido que recebe de Pedro (Bruno Gissoni), seu melhor amigo e vizinho de Nova Guadalupe.

Bárbara, a Babi (Maria Pinna) – É a melhor amiga de Catarina (Daniela Carvalho). Formam a dupla de “meninas poderosas” do Primeira Opção. Bela, é levemente fútil e bem ligada ao mundo fashion. É muito orgulhosa de sua inteligência, se irrita com burrice e ignorância.

Carlos Francisco, o Franja (Junior Madalena) – É o cara mais feroz do colégio. É careca, tatuado e tem um físico de brutamontes. Totalmente apaixonado e subserviente a Babi (Maria Pinna), que não lhe dá a mínima.

Júlia (Dandara de Morais) – Estudante do 2º ano do Ensino Médio e é a “aluna-modelo” do Primeira Opção. É disciplinada, estudiosa e tímida. Júlia se dá bem com a galera, mas sai pouco e quase não participa de festas. Filha única do viúvo Antônio (MV Bill), sofre para atender as expectativas do pai – que é excessivamente severo. Frágil emocionalmente, nunca namorou e só tem um amigo com quem se abre para valer: Artur (Pedro Van-Held).

Artur (Pedro Van-Held) – Aluno do 2º ano do Ensino Médio. É o melhor amigo de Júlia (Dandara de Morais). Assim como ela, é estudioso.

Carlinhos, o Obama (Pedro Maya) – Aluno do 1º ano do Ensino Médio. É o melhor amigo de Duda (Nathalie Jourdan). É um garoto brincalhão, estudioso, que gosta de jogar bola e é respeitado por todos. Ganha o apelido de Obama por seu inquestionável carisma e inteligência.

Eduardo Godói, o Dodói (Lucas Salles)– Aluno do 2º ano do Ensino Médio. Estuda no colégio desde o Ensino Fundamental, época em que seu sobrenome foi usado para diferenciá-lo de outros “Eduardos”. Dodói é desajeitado fisicamente, e socialmente sem noção: é do tipo que fala o que vem à cabeça, mesmo que seja o maior absurdo. Sabe ser educado para conquistar a confiança dos adultos. Até que comete uma de suas gafes características e põe tudo a perder. No começo da temporada, por conta de uma viagem dos pais, vai morar no Botecão.

Laura (Carolina Lavigne) – Aluna do 1º ano do Ensino Médio. Apesar de ser apenas alguns meses mais velha que Duda (Nathalie Jourdan), Laura aparenta ser muito mais velha do que a irmã de Catarina (Daniela Carvalho). As roupas, o cabelo, o jeito, tudo em Laura é muito feminino e doce. E tanto mel chega a deixar Duda (Nathalie Jourdan) enjoada. Mas Laura (Carolina Lavigne) também não nutre muita simpatia pela colega. O problema é que as duas volta e meia serão forçadas a conviver não apenas na escola, mas em outras situações. Afinal, Laura é filha do Dr. Roberto Segadas (Alexandre Barros), o chefe da mãe de Duda (Nathalie Jourdan).

A turma do Botecão

Maicon (Marcello Melo Junior) – É jogador de futebol, goleiro, e aluno do 1º ano do Ensino Médio. É ingênuo, mas não é bobo. Tem convicção do seu talento e da sua fama – ainda que esta última só exista em sua cabeça. Estuda porque o clube o obriga. Os jargões e metáforas futebolísticas são sua marca registrada. É filho de Dona Zica (Inez Vianna).

Jéssica – nome artístico de Jaciara, a “maria chuteira” (Júlia Oristanio) – Nasceu no subúrbio e largou a escola porque acreditava (e ainda acredita) que só se aprende com o que se vive. Foi trabalhar como manicure, depois cabeleireira, até parar no bar Betacão. Adora futebol e vai ser a primeira a reconhecer Maicon (Marcello Melo Junior). A partir daí, vai usar e abusar da sensualidade para tentar dar um golpe da barriga no jogador. É assumidamente brega, vive ouvindo música brega no rádio, para desespero de Lorelai (Luíza Casé) e de Seu Pintinho (Ailton Graça).

Lorelai (Luíza Casé) – Ela é totalmente paulistana. Divide com Jéssica (Júlia Oristanio) a função de garçonete do bar Botecão. É culta, moderna, faz faculdade de cinema e uns “bicos” como assistente de direção para uma produtora independente. Lorelai é muito desorganizada: erra os pedidos, mas tem um jeito cativante de fazer o cliente achar que o erro dela é melhor do que o pedido original. Tem uma tendência a ver o mundo com lente cor de rosa.

Seu Pintinho (Ailton Graça) – É dono do bar Botecão e vai tourear as funcionárias Jéssica (Júlia Oristanio) e Lorelai (Luíza Casé). Alem disso, ainda tem que zelar pelo mínimo de ordem da república, que funciona em cima do bar.

No clube

Dona Zica (Inez Vianna) – É mãe de Maicon (Marcello Melo Junior). Tem o mesmo linguajar do filho, embora use menos jargões futebolísticos. Briguenta e barraqueira, faz de tudo para manter distante as supostas pretendentes de Maicon. Dona de um humor ácido, para ela o craque vê a jogada, mas só a mãe do craque antevê uma oportunista.

Hélio (Genézio de Barros) – É o dono do Clube Nacional.

André Farnel (Mário José Paz) – É o sério diretor do Clube Nacional.

No colégio

Tereza (Helena Ranaldi) – É a dona do colégio Primeira Opção, mulher elegante, bonita e séria. Não casou por opção. É independente e gosta disso. Tem a concepção de que a vinda de alunos de alto nível da rede pública não só vai melhorar o nível acadêmico de seu colégio, mas também servirá para ampliar a visão de mundo dos alunos.

Antônio (MV Bill) – É viúvo, professor de física e matemática do colégio Primeira Opção. É pai de Júlia (Dandara de Morais) e melhor amigo de Tereza (Helena Ranaldi). Gentil, agradável, por vezes se perde um pouco no excesso de zelo com a filha e com o trabalho. É workaholic, do tipo que vai tirar dúvidas de um aluno depois da aula e acaba ficando três horas ensinando ao coitado, até ter certeza de que o aluno aprendeu mesmo. A exigência e a cobrança que faz à Júlia (Dandara de Morais) de que esta seja uma excelente aluna atrapalham a relação dos dois.

Romero (Márcio Ribeiro) – É professor de português, literatura e redação. É sisudo com os alunos, gosta de poesia e detesta tudo que é eletrônico, é tecnofóbico. Ele e Vera (Cris Nicolotti) são grandes amigos.

Márcio (Marcos Winter) – É professor de História.

Vera (Cris Nicolotti) – É a mãe de Tereza (Helena Ranaldi). Aparenta jovialidade e dinamismo. É uma educadora de longa data, conselheira dos jovens e da própria filha, que ela chama de Tetê.

Outros

Detetive Moraes (Kiko Vianello) – É uma espécie tropicalizada de inspetor Javert, de ‘Os Miseráveis’, do escritor e poeta francês Victor Hugo. Surge quando menos se espera e é um cinquentão intolerante com a juventude.

Dra. Luíza (Cristiane Alves) – É a advogada de Fausto (Joelson Medeiros). Bonita e fria.

Dr. Roberto Segadas (Alexandre Barros) – É médico da rede pública. No posto de saúde, é um tormento para todos; fora dali, depois do expediente, um verdadeiro cavalheiro, sedutor e companheiro.

Creuza (Marizabel Pacheco) – É a diarista que trabalha na casa de Cláudia (Gisela Reimann). Hipocondríaca, vive com dor nos rins e falta bastante ao trabalho. Desatenta, dificilmente cumpre o que se pede. Afetuosa, gosta muito de Cláudia (Gisela Reimann) e dos filhos da patroa.

Ficha Técnica

Elenco

Ana Terra - Angela

Bernardo Mesquita - Fred

Bruno Gissoni - Pedro

Carolina Lavigne - Laura

Daniela Carvalho - Catarina

Dandara De Morais - Julia

Duam Socci - Eric

Gabriel Chadan - Lucio

Julia Oristânio - Jéssica

Junior Madalena - Franja

Lucas Salles - Dodói

Luiza Casé - Lorelai

Marcello Melo Jr - Maicon

Maria Pinna - Babi

Nathalie Jourdan - Duda

Pedro Maya - Obama

Pedro Van Held - Artur

Ronny Kriwat - Theo

Ailton Graça – Seu Pintinho

Alexandre Barros – Dr. Roberto Segadas

Christiane Alves – Dra. Luiza

Cris Nicolotti - Vera

Genézio de Barros - Hélio

Gisela Reimann – Dra. Claudia

Helena Ranaldi - Tereza

Inez Viana – D. Zica

Joelson Medeiros - Fausto

Kiko Vianello – Inspetor Moraes

Marcio Ribeiro – Professor Romero

Marcos Winter – Professor História

Mario José Paz – André Farnel

Marizabel Pacheco - Creuza

Mv Bill – Professor Antonio

Ranieri Gonzales - Geraldo

Sandra Corveloni – D. Lurdes

De

Emanuel Jacobina

Colaboradores

Flavia Bessone

Gabriela Amaral

Marcio Wilson

Zé Dassilva

Direção

Adriano Melo

Direção Geral

Leonardo Nogueira

Direção de Núcleo

Ricardo Waddington

Autorização Especial

Sated Rj

Cenografia

Alexandre Gomes

Fabio Gomes

Flavia Yared

Cenógrafos Assistentes

Débora Costa

Diana Domingues

Marvin Franco

Fabricio Palermo

Natalia Faria

Julia Menegaz

Figurino

Marina Alcantâra

Figurinistas Assistentes

Gisele Duarte

Cristiana Wright

Equipe de Apoio ao Figurino

Fátima Paula

Sueli Maria Matos

Roselane Fernandes

Suzanna Borba Ferreira

João Batista da Silva

Marcelo Brito

Eraldo Batista Soares

Direção de Fotografia

Paulo Brakarz

Equipe de Iluminação

Tiago Roberto Pereira de Oliveira

Luiz Claudio do Nascimento

Marcelo Henrique Mello

Fabio da Silva Rosa

Marcelino Monteiro Filho

Jorge Luiz Ventura

José Roque

Produção de Arte

Alda Gonçalves

Produção de Arte Assistente

Mariana Ferro

Luigi de Marco Rabelo Megda

Equipe de Apoio a Arte

Carlos Primo da Silva

Ronaldo Jardim

Produção de Elenco

Luiz Antonio Rocha

Produção Musical

Ricardo Ottoboni

Direção Musical

Mariozinho Rocha

Caracterização

Alê de Souza

Maria do Socorro Baptista

Equipe de Apoio a Caracterização

Amélio Duarte

Iolanda Teixeira

Cibele Fagundes

Bianca Lage

Edição

Ghynn Paul Carvalho

Colorista

Leonardo Boaventura

Sonoplastia

Alexandre da Silva Reis

Paulo Cesar Alves

Efeitos Visuais

Paula Souto

2 comentários:

  1. malhação é muito bom eu ñ perco um capitulo

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  2. Eu adoroo Malhação...Não perco nadiinha..e o que mais amoo é Catariina...Pedro...e adoro Maicon...Catariina por ser tão meiga...e fofa..Maicon por causa de suas brincadeiras e de ser tão apegado com São Barbosa...Adoro todos os outros por terem tbm suas qualidades e diversões..Mas eu odeio Raquel..não por nada assim por que toda novela e minissérie tem que ter o vilão..mas pelo fato dela está judiando de Catarina minha fofinha...Eu odeio isso na Raquel...Se eu pudesse entraria em Malhação e mataria ela por causa de Catarina...Eu simplesmente amo essa minissérie..Se eu pudesse estaria com eles..

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