Atire a primeira pedra o jovem que nunca pensou duas vezes antes de comentar com os pais histórias de homossexualidade, doenças sexualmente transmissíveis, entre elas Aids e gonorreia, ou drogas. Criada para falar de igual para igual com o jovem, “Malhação” vem cumprindo há 15 anos — o aniversário é no próximo sábado — o papel de abrir espaço para a discussão de temas muitas vezes complicados de se falar dentro de casa (veja os quadros). O último é o vício em crack.
— Muita gente não sabia que era uma droga tão pesada. Mostrar em “Malhação” é uma forma de dar a informação e a pessoa correr atrás para saber mais — afirma Carlos André Faria, o viciado João, que morre no capítulo de amanhã num acidente após ter outra alucinação provocada pela droga: — Se você entra, vai morrer. Foi o recado que o Ministério da Saúde quis passar. Talvez ele pudesse se tratar e sobreviver.
O desafio da novela, porém, é tratar os temas com a profundidade liberada para o horário das 17h30m.
— Curiosamente, a classificação indicativa encaretou. Fica complicado dar peso às histórias não podendo mostrar brigas, armas, drogas, bebidas alcoólicas — comenta o autor Ricardo Hofstetter, que já recebeu carta do Tribunal de Contas da União (TCU) agradecendo por tratar do desvio de verbas públicas, em 2004.
Violência
Em 2001, Dado Dolabella foi alvo das adolescentes, mas nem todas queriam elogiá-lo. É que seu personagem, Robson, batia na namorada, Drica (Gisele Frade), por ciúme. “É um absurdo o sujeito tratar a mulher assim. O pior é que o Brasil ainda é machista”, afirma Dado, que, coincidentemente, responde a processo por agressão a ex Luana Piovani.
Homossexualidade
Gravidez precoce
Paraplegia
Aids
Leucemia
Nenhum comentário:
Postar um comentário